Entre a Mito-Poiese e a Reprodutibilidade Técnica: a Matéria da Bretanha na Era do Capital

Autores

  • Marcus Baccega

Palavras-chave:

Matéria da Bretanha, Indústria Cultural, Idade Média

Resumo

Este breve artigo pretende ensaiar uma hipótese de compreensão de um sintoma das formações sociais do Ocidente, na longa duração. Tratase do Ciclo Arturiano ou Matéria da Bretanha, que conheceu difusão ímpar na Idade Média Central e permanece como recorrência inescapável nas teias da indústria cultural contemporânea. Valendo-se da Teoria Crítica dos frankfurtianos e das considerações de Walter Benjamin e, mais recentemente, Umberto Eco, o estudo pretende propor a percepção da centralidade da própria Idade Média para a narrativa de autorrepresentação do Ocidente, por meio da discussão teórica e conceitual sobre a cultura de massas contemporânea.

Referências

ADORNO, Theodor W. & HORKHEIMER, Max. Kulturindustrie, Aufklärung als Massenbetrug. In: Dialektik der Aufklärung. Philosophische Fragmente. Frankfurt-am-Main: Fischer Taschenbuch Verlag, 2004.

ARENDT, Hannah. A Condição Humana. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2009.

AUERBACH, Erich. Mimesis. Dargestellte Wirklichkeit in der abendländischen Literatur. Tübigen: Francke Verlag, 2001.

BAJTIN, Mijail. La Cultura Popular en la Edad Media y en el Renacimiento. El contexto de François Rabelais. Madrid: Alianza Editorial, 2005.

BARBER, Richard. The Holy Grail. Imagination and Belief. Cambridge: Harvard University Press, 2004.

BASCHET, Jérôme. A civilização feudal. Do ano mil à colonização da América. Rio de Janeiro: Editora Globo, 2004.

BENJAMIN, Walter. Das Kunstwerk im Zeitalter seiner technischen Reproduzierbarkeit. Frankfurt-am-Main: Suhrkamp, 2004.

BLOCH, Marc. Apologie pour l’Histoire ou Métier d’historien. Paris: Armand Colin, 2004.

ECO, Umberto. Tratado geral de Semiótica. São Paulo: Perspectiva, 2007.

ECO, Umberto. Apocalípticos e Integrados. São Paulo: Perspectiva, 1974.

ELIADE, Mircea. Mito e Realidade. São Paulo: Perspectiva, 2002.

FRANCO JR, Hilário. Meu, teu, nosso. Reflexões sobre o conceito de cultura intermediária. In: A Eva Barbada. Ensaios de Mitologia Medieval. São Paulo: Edusp, 1996.

LIPOVETSKY, Gilles. A Felicidade Paradoxal. Ensaio sobre a sociedade de hiperconsumo. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.

LUHMANN, Niklas. Soziale Systeme. Frankfurt: Suhrkamp, 1991.

MARY, Philippe. La Nouvelle Vague et le Cinéma d’Auteur. socio-analyse d’une révolution artistique. Paris: Seuil, 2006.

MARX, Karl. Das Kapital. Kritik der politischen Ökonomie. Paderborn: Voltmedia, 2004.

MEGALE, Heitor. A Demanda do Santo Graal. Das origens ao códice português. Cotia: Ateliê Editorial, 2001.

SAUSSURE, Ferdinand de. Cours de Linguistque Générale. Paris: Payot, 1972.

SCHMITT, Jean-Claude. Le Corps, les Rites, les Rêves, le Temps. Essais d’anthropologie médiévale. Paris: Gallimard, 2001.

STOREY, John. Cultural Studies and the study of popular culture. An introduction. In: Cultural Studies and the Study of Popular Culture. Athens: The University of Georgia Press, 2003.

TODOROV, Tzvetan. A Demanda da Narrativa. In: As estruturas Narrativas. São Paulo: Perspectiva, 1970.

ZINK, Michel. Littérature française du Moyen Âge. Paris: PUF, 1992.

ZUMTHOR, Paul. Essai de Poétique Médiévale. Paris: Editions du Seuil, 2000.

Downloads

Publicado

27-02-2024

Edição

Seção

Artigos