A caridade fraterna ad status. O amor do próximo e a função salvadora e libertadora da beata nas vitae de Maria D’oignies (1213) e de Ida de Nivelles (1231)
Palavras-chave:
Beguinas, Hagiografia, CaridadeResumo
As vitae das beguinas Maria d’Oignies e Ida de Nivelles, da primeira metade do século XIII, oferecem um vasto material de análise sobre o comportamento afetivo. A plenitude da graça divina experimentada pelas mulheres religiosas, a relação entre Caridade, conhecimento místico e a amizade espiritual, consideradas excepcionais pelos seus contemporâneos, são objeto de análise no relato hagiográfico. Os hagiógrafos buscando sistematizar um novo comportamento espiritual feminino, uma piedade laica e voluntária (o movimento beguinal), mas destinada ao controle eclesiástico, adaptam a exegese e o vocabulário da antropologia agostiniana e cisterciense, ou seja, o conceito de pessoa nos sistemas teológicos agostiniano e cisterciense, que acentuam a participação da consciência individual na busca pela salvação. Empreendemos aqui uma análise das ações salvadoras das beatas ad status, ou seja, de acordo com a condição sócio-religiosa dos beneficiados laicos e eclesiásticos, através da luta contra os demônios, da exortação à confissão dos pecados, das orações e das lágrimas.
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