Arte e natureza na Alquimia Medieval
Palavras-chave:
Alquimia medieval, arte, natureza, imitação, transformação; espéciesResumo
O artigo reagrupa e analisa as passagens de textos alquímicos do século XIII e início do XIV que teorizam a posição do artesão vis-à-vis a natureza, situando-os em seu contexto histórico. O século XIII vê, com efeito, o desenvolvimento rápido de procedimentos de transformação (o vidro, por exemplo) que colocam o problema da transmutação de espécies, em princípio uma prerrogativa da natureza, ou da divindade. Ademais, a ambição dos alquimistas de produzir um ouro equivalente àquele da natureza parece ir de encontro à antiga concepção da inferioridade da arte à natureza. Todavia, as justificativas de sua atividade não conduzem os defensores da arte alquímica a uma inversão da relação. Na verdade, eles exploram e adaptam as teorias que permitem colocar-se a serviço da natureza, a qual provoca, acelera, ou conduz a seu termo os processos naturais. Ainda que o campo de atividade humana seja consideravelmente alargado, a concepção de uma natureza que forma um todo orgânico não é, por isso, colocada em questão. O artesão pode intervir no processo natural, mas não o substituir.
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