Temporalidades entrecruzadas na cronística lopeseana (Portugal, séc. XV)
Palavras-chave:
Crônica, História medieval, TemporalidadesResumo
O artigo tem como objetivo analisar as temporalidades presentes na trilogia de Fernão Lopes, cronista oficial do reino português na primeira metade do século XV. Partindo da problematização sobre a multiplicidade do tempo apontada por Reinhart Koselleck e tendo em vista os regimes de historicidade identificados por François Hartog, busca-se compreender os significados assumidos pelo passado, presente e futuro na produção lopeseana. Compreende-se aqui, tal como o fez Bernard Guenée, as crônicas como o gênero historiográfico por excelência no início do século XV e adota-se a sistematização de Jacques Le Goff acerca da percepção do tempo na Idade Média. Procura-se demonstrar que o cronista opera uma superposição entre o tempo dos reis e o tempo da salvação, de forma que além de conjugar a reverência ao passado, a história mestra da vida, com o tempo escatológico cristão, voltado para o futuro, insere um presente contínuo de bonança a partir da instituição da dinastia de Avis em Portugal.
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